O canto é o mesmo,
a casa ainda é a mesma,
as memórias também.
O cheiro do campo verde,
o cachorrinho que late estrondosamente,
os patos mergulhando na cava do pé de manga...
Os sons são os mesmos,
os sorrisos dissipados,
e as cores amarelejaram...
O sabor de goiaba tirada do pé,
ainda sinto...
o sentimento de voar, ao pular de um galho e outro do pés de seriguela, continua...
As lembranças permanecem,
mas na casa não há mais o pai,
a mãe, os irmãos...
Onde está o morador? Morreu?!
E a rio onde havia uma canoa?
A rio secou, a canoa se estilhaçou.
A casa esverdeada é a mesma...
As lembranças se eternizam-se.
A casa esverdeada é o passado,
é o presente e será o futuro também
de uma lembrança eternamente viva.
Angélica Cabral
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