"A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas." (Johan Wolfgang Von Goethe)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Conhecendo um pouco da biografia de "Jack"



 

C. S. Lewis viveu de 1898 a 1963. Nascido na Irlanda, Clive Staples Lewis cresceu em meio aos livros da seleta biblioteca de sua família, fazendo deste ambiente cultural um universo todo seu, regido por sua fértil imaginação e inventividade. Aos três anos, Lewis decidiu adotar o nome de "Jack", nome pelo qual ficaria conhecido na família e no círculo de amigos próximos. 
Durante a adolescência, Lewis e seu irmão Warren (três anos mais velho) passavam grande parte do dia dentro de casa dedicando-se a leitura de livros clássicos, e distantes da realidade materialista e tecnológica do século XX.
Os seus pais, Albert J. Lewis e Florence A. H. Lewis, eram cristãos anglicanos, e Lewis cresceu em meio aos ensinamentos desta Igreja. Perdeu a sua fé depois da morte prematura de sua mãe (Lewis tinha 10 anos), tornando-se ateu, anos depois; começou a questionar: “Deus não deveria ser bom?”, “Ele não deveria nos amar?”.
Aos 18 anos de idade, foi admitido no University College, em Oxford. Seus estudos foram interrompidos pelo serviço militar na Primeira Guerra Mundial. Em 1918, retomou os estudos.
Lecionou no Magdalen College, de 1925 a 1954 e deste ano até sua morte em Oxford. Na Universidade de Cambridge foi professor de Literatura Medieval e Renascentista. Tornando-se altamente respeitado nesta área de estudo, tanto como professor como escritor. Em Oxford conheceu vários escritores famosos, como Tolkien, T. S. Eliot, G. K. Chesterton que o ajudaram a voltar à fé cristã, e Owen Barfield, através dos debates sobre a existência de Deus e assuntos afins.
No início da década de 1930, Lewis retornou à fé cristã, trabalhou com empenho para defendê-la e permaneceu na Igreja Anglicana. Divulgou de forma surpreendente, através de seus livros e palestras, na qual apresenta sua fé na verdade das Escrituras Sagradas, sobre o Filho de Deus, sua vida, morte e ressurreição. Isto foi certamente verdade durante sua vida, e continua a ser evidenciado após a sua morte.
Tornou-se popular durante a II Guerra Mundial, por suas palestras transmitidas pelo rádio e por seus escritos, sendo chamado de "apóstolo dos céticos", especialmente nos Estados Unidos. Suas palestras tocavam profundamente seus ouvintes da rádio BBC de Londres. Na sua última palestra, Lewis diz: "O Novo Homem", Lewis disse: "Olhe para você, e você vai encontrar em toda a longa jornada de sua vida apenas ódio, solidão, desespero, ruína e decadência. Mas olhe para Cristo e você vai encontrá-Lo, e com Ele tudo o mais que você necessita"
Dono de um estilo criativo e engraçado, Lewis ficou muito conhecido. Escreveu. "O Regresso do Peregrino", publicado em 1933, "O Problema do Sofrimento" (1940), "Milagres" (1947), e "Cartas de um diabo ao seu aprendiz" (1942), são provavelmente suas obras mais conhecidas. Escreveu ainda uma trilogia de ficção científico-religiosa, conhecida como a "Trilogia Espacial": "Longe do Planeta Silencioso" (1938), "Perelandra" (1943), e "That Hideous Strength" (1945). Para crianças, ele escreveu uma série de fábulas, começando com "O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" em 1950. E sua autobiografia, "Surpreendido pela Alegria", publicada em 1955.
C. S. Lewis morreu em 22 de Novembro de 1963, no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy foi assassinado e em que morre Aldous Huxley. A coincidência serviu como pano de fundo para o livro O Diálogo – Um debate além da morte entre John F. Kennedy, C. S. Lewis e Aldous Huxley, de Peter Kreeft, onde os três personagens, representando o teísmo ocidental (Lewis), o humanismo ocidental (Kennedy) e o panteísmo oriental (Huxley) discutem sobre religião e cristianismo.
É bastante conhecida sua influência sobre personalidades ilustres da nossa época, dentre elas Margaret Thatcher. Seus livros foram lidos pelos seis últimos presidentes americanos e muitos de seus pensamentos citados em seus discursos.
Foram vendidas mais de 200 milhões de cópias dos 38 livros escritos por Lewis, os quais foram traduzidos para mais de 30 línguas, incluindo a série completa de Nárnia para a língua Russa. Entre 1996 e 1998, quando foi celebrado o seu centenário, foram escritos cerca de 50 novos livros sobre sua vida e seus trabalhos, completando mais de 150 livros desde o primeiro, escrito em 1949 por Chad Walsh: "C. S. Lewis: O Apóstolo dos Céticos". É respeitado até pelos que não concordam com a sua abordagem, inclusive dando nome a um asteróide denominado 7644 Cslewis descoberto em 4 de novembro de 1988 por Antonín Mrkos.

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