"A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas." (Johan Wolfgang Von Goethe)

domingo, 30 de setembro de 2012


A Doutrina da More

 
Rm. 6:1-3

A morte não é um fenômeno natural na vida humana, ela é a maldição divina contra o pecado, e só Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua cruz, no calvário. Faça uma leitura devocional do Salmo 39.4-7; (90. 4-6, 10; 12. 4-6). O sentido bíblico e doutrinário da morte: A morte como salário do pecado (Rm. 6.23).
A bíblia fala de três tipos distintos de morte: Física, Espiritual e Eterna:

1)      A morte física, o testa que melhor elucida essa morte é II Samuel 14.14;
2)      A morte espiritual, esta tem dois sentidos na perspectiva bíblica: negativa e positiva (Efésios 4.18 e Mt. 25.46);
3)      A morte eterna é chamada também de segunda morte, porque a primeira é física (Ap. 6. 2,11). A morte eterna é identificada como punição do pecado (Rm. 6. 23): “Castigo eterno”, “Separação de Deus”.

A possibilidade de arrependimento e perdão não mais será dada aos (Mt. 25. 29,30) ímpios que rejeitam a graça de Cristo (Ap. 20. 14,15; Mt. 5. 22, 29, 30). “O lago de fogo” restringe-se apenas aos ímpios (At. 24. 15).
Esse tipo de morte tem sido alvo de falsas teorias que rejeitam o ensino real da bíblia {A Doutrina da Ressurreição: a ressurreição dos mortos}. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitaram, uns para a vida eterna, e outros, para vergonha eterna (Dn. 12. 2).
A ressurreição dos mortos é obra específica de Deus. Diz a bíblia a respeito da revivicação dos corpos físicos; Estado feio e velho, no Novo Testamento.

A doutrina da ressurreição básica de Jesus (Jo. 5. 18,19).

O que é ressurreição? O sentido dado no dicionário é “tornar a vida” ; levantar-se; “despertar”; “acordar”.
Caráter Geral da Ressurreição

1)      No Antigo Testamento vários personagens importantes creram na ressurreição (Abraão, Gn. 22.5; Jó 19. 25-27), um dos filhos de Coré salmodiava sobre ressurreição (Dn. 12. 2,3);
2)      No Novo Testamento a doutrina foi declamada por Jesus em seu ministério (Jo. 5. 28, 29; Lc. 14. 13; Fp. 3. 11).
 *** Conclusão ***
            A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo, Sua vitória sobre a morte foi com triunfo alegria e poder.
Amém e amém.
                                                                                    
                                                                                         
                                                                                            Presbítero

                                                                          Salomão Cabral

O Jovem Rico



{Mt 19. 16-30}
         “Porque a vida de um homem não consiste na abundância do que possui” (Lc. 12. 15- 17). É lícito o crente possuir a riqueza, mas, não é lícito a riqueza possuir o crente. A compreensão que temos deste texto é de que, o homem  é apenas mordomo dos bens que Deus lhe confiou, por isso é que no nascimento nada traz e, na morte nada leva.
         O jovem procurou a pessoa certa. Ele tinha a necessidade na alma.
1)    Guardava os mandamentos;
2)    O convite para seguir a Jesus.

{Empreendimento}
1º Avareza e; 2º Idolatria (Evangelho d Lucas e Marcos). Analisando a expressão: “porque me chamam bom?”; que aparece na integra, nos três evangelhos sinóticos, percebemos que o jovem procura ser perfeito, isto é, bom como Jesus. Mas, ouvindo o que Jesus lhe diz se entristece e desiste por causa da avareza e do amor ao dinheiro. O dinheiro é o seu deus.
Na concepção judaica as riquezas eram um sinal de benção de Deus:
1.     Zaqueu possuía muitos bens e foi salvo por Jesus (Lc 19:29);
2.     José de Arimatéia (Mt 27: 57); e muitos outros no Antigo Testamento como:
3.     Ezequias (II Cr 32: 27);
4.     Salomão (I Rs 10: 23);
5.     Jó (Jó 1: 3).
“E depois, pode um homem possuir o mundo inteiro e perder a sua alma?” Nesta vida cotidiana são muitos os casos de pessoas que dizem ter um chamado para a obra missionária, mas, que na verdade estão sendo meros empresários, salvo exceções.
Carros, casas, piscinas, jóias, imóveis... ajuntam tesouros na Terra. Você vai para a glória? Você está esperando Jesus? Vejamos exemplos de homens que foram chamados por Deus:
Elias e Eliseu, o primeiro foi arrebatado depois de ter cumprido as missão (II Rs 2: 5-11), o outro (II Rs 2: 12-18) foi um homem chamado para continuar no cenário espiritual de Israel. (I Rs 19: 16) Ungido para ficar no lugar de Elias para tirar a casa real da idolatria, da prostituição e de todos os males que haviam.
Deus chama pessoas ocupadas. O chamado de Eliseu caracteriza bem o tido de pessoa que Deus procura.
“e achou a Eliseu filho de Safate que andava lavrando com doze juntas de boi a diante dele arando a terra, e Elias passou por ele, e lançou sobre ele sua capa”. (I Rs 19: 19).
Em toda a Bíblia ha muitos chamados. O chamado de Pedro, de João, de Levi e muitos outros.
Eliseu experimentou o poder de Deus.
Eliseu havia passado o Jordão a seco, com Elias (II Rs 2: 8), mas, estando só e com apenas a capa na mão, ele chamou ao Senhor (Deus de Elias) então feriu as águas e elas se abriram novamente (II Rs 2: 14).
Deus quando recolheu Elias, chamou Eliseu e o capacitou. Ele era criador de boi, não era filho de profeta, mas Deus o chamou e o capacitou, a capa verdadeira de Eliseu era a unção do poder de Deus derramado em suas mãos. Quando ele orava convertia o pecador, ele orava e curava os enfermos.
Você já exercitou esse dom?

                                                          Presbítero
                                                           Salomão Cabral 



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sobremesa do dia:

Torta de Limão




ingredientes

  • 1 pacote de biscoito maizena
  • 1 margarina 250g
  • 2 caixa de leite condensado
  • 2 caixa de creme de leite
  • 4 limão

modo de preparo

1: bate o biscoito no liguidificador para virar uma farinha, coloque a margarina amaciando com a mão atê chegar ne um certo ponto que ela fique solta, e espalhe na bandeja do fundo atê as laterais.
2: Faça um suco do limão quando estiver pronto junte o leite condensado e o creme de leite no linguidificador.
após batido jogue o liguido encima do biscoito espalhado na bandeja.
E coloque umas raspas da casca do limão , e coloque no forno por 25min,
depois tire do forno bote para esfriar e coloque na geladeira. quando estiver geladinha é só servir...

A outra face da Graça




Rubinho Pirola


Aprendemos desde pequenos, que graça é um favor imerecido.

Correto. Mas ainda não de todo.

Tratando-se da Graça de Deus, trazida a nós no seu culminar - no favor de Cristo, na plenitude dos tempos, na entrega do Unigênito Filho de Deus para resolver a nossa questão - existe algo a mais na sua definição.

Se graça fosse somente um favor ofertado a quem não merece, o diabo e seus demônios estariam igualmente debaixo de graça, mas isso não é verdade.

Pensemos bem: Se Deus pode destruir o inimigo, o aproveitador, o acusador das nossas almas e mentes, e não o faz, quer dizer que Ele não o está premiando, beneficiando-o de maneira nenhuma. Há um plano que às vezes nos escapa à razão. Deus que não tem absolutamente no diabo e seus anjos, inimigos à Sua altura, não destruindo-os, não põe-nos debaixo de um favor imerecido, como premia aos Seus filhos. Se assim fosse, teríamos de os expulsar pedindo um favor aos "colegas" ou aos irmãos.

Já pensou?

"Desculpem, xarás, será que me podiam dar a gentileza de irem um pouco pra lá, saindo deste corpo que não lhes pertence? Se fazem favor, companheiros da graça..."

A graça aplicada a eles, não teria um caráter de favorecimento, de beneficiá-los. Ela os poupa sim, para que se cumpra o propósito de Deus. Ela deve trazer a eles o medo, o pavor, certos que devem estar, do final que lhes está preparado.

A graça de Cristo em nós vai além. A graça em nós aponta para o amor, para a identidade que temos em Deus. Não é o que fizemos ou possamos fazer, nem o que não fizemos, ou atos nossos de merecimento, mas o que Ele fez por graça, revelando-nos outra possibilidade de vida, outra identidade; antes forasteiros, afastados, agora, um com Ele, estranhos feito filhos por adoção por graça, um benefício Dele para cada um de nós. A graça nos livra da lei perversa da meritocracia, do toma-lá-dá-cá (como aliás pregam os que querem assassinar tamanha verdade e doutrina). Ela sempre revela o amor de quem a deu e incentiva o amor e a gratidão àquele que dela se beneficia.

E mais: tem ainda um caráter ensinador.

É pela graça que o Espírito Santo trabalha em nós, edificando em cada um que dela bebe, o caráter de Cristo, despertando em nós a gratidão - que nos constrange, que nos força, que nos obriga (2 Coríntios 5:14) a servirmos a Ele - não há outro caminho a seguir.

É o que afirma Paulo a Tito:

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente.” (Tito 2.11-12)

É isso. Deus age em nós perdoando-nos, não levando em conta os nossos erros, não porque tolera a bagunça, o erro... deixando o barco correr frouxo. Mas assim age, porque tem um propósito maior - o nosso crescimento.

E não para que habitemos o céu amanhã, mas vivamos hoje, de maneira sensata, justa e pia (da maneira de Deus!).

Amém! Trabalhe em mim, Senhor! Deixe a Sua graça agir em mim.






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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Famigerado


Guimarães Rosa

Foi de incerta feita — o evento. Quem pode esperar coisa tão sem pés nem cabeça? Eu estava em casa, o arraial sendo de todo tranqüilo. Parou-me à porta o tropel. Cheguei à janela.

Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor: um cavaleiro rente, frente à minha porta, equiparado, exato; e, embolados, de banda, três homens a cavalo. Tudo, num relance, insolitíssimo. Tomei-me nos nervos. O cavaleiro esse — o oh-homem-oh — com cara de nenhum amigo. Sei o que é influência de fisionomia. Saíra e viera, aquele homem, para morrer em guerra. Saudou-me seco, curto pesadamente. Seu cavalo era alto, um alazão; bem arreado, ferrado, suado. E concebi grande dúvida.

Nenhum se apeava. Os outros, tristes três, mal me haviam olhado, nem olhassem para nada. Semelhavam a gente receosa, tropa desbaratada, sopitados, constrangidos coagidos, sim. Isso por isso, que o cavaleiro solerte tinha o ar de regê-los: a meio-gesto, desprezivo, intimara-os de pegarem o lugar onde agora se encostavam. Dado que a frente da minha casa reentrava, metros, da linha da rua, e dos dois lados avançava a cerca, formava-se ali um encantoável, espécie de resguardo. Valendo-se do que, o homem obrigara os outros ao ponto donde seriam menos vistos, enquanto barrava-lhes qualquer fuga; sem contar que, unidos assim, os cavalos se apertando, não dispunham de rápida mobilidade. Tudo enxergara, tomando ganho da topografia. Os três seriam seus prisioneiros, não seus sequazes. Aquele homem, para proceder da forma, só podia ser um brabo sertanejo, jagunço até na escuma do bofe. Senti que não me ficava útil dar cara amena, mostras de temeroso. Eu não tinha arma ao alcance. Tivesse, também, não adiantava. Com um pingo no i, ele me dissolvia. O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo. O medo O. O medo me miava. Convidei-o a desmontar, a entrar.

Disse de não, conquanto os costumes. Conservava-se de chapéu. Via-se que passara a descansar na sela — decerto relaxava o corpo para dar-se mais à ingente tarefa de pensar. Perguntei: respondeu-me que não estava doente, nem vindo à receita ou consulta. Sua voz se espaçava, querendo-se calma; a fala de gente de mais longe, talvez são-franciscano. Sei desse tipo de valentão que nada alardeia, sem farroma. Mas avessado, estranhão, perverso brusco, podendo desfechar com algo, de repente, por um és-não-és. Muito de macio, mentalmente, comecei a me organizar. Ele falou:

"Eu vim preguntar a vosmecê uma opinião sua explicada..."

Carregara a celha. Causava outra inquietude, sua farrusca, a catadura de canibal. Desfranziu-se, porém, quase que sorriu. Daí, desceu do cavalo; maneiro, imprevisto. Se por se cumprir do maior valor de melhores modos; por esperteza? Reteve no pulso a ponta do cabresto, o alazão era para paz. O chapéu sempre na cabeça. Um alarve. Mais os ínvios olhos. E ele era para muito. Seria de ver-se: estava em armas — e de armas alimpadas. Dava para se sentir o peso da de fogo, no cinturão, que usado baixo, para ela estar-se já ao nível justo, ademão, tanto que ele se persistia de braço direito pendido, pronto meneável. Sendo a sela, de notar-se, uma jereba papuda urucuiana, pouco de se achar, na região, pelo menos de tão boa feitura. Tudo de gente brava. Aquele propunha sangue, em suas tenções. Pequeno, mas duro, grossudo, todo em tronco de árvore. Sua máxima violência podia ser para cada momento. Tivesse aceitado de entrar e um café, calmava-me. Assim, porém, banda de fora, sem a-graças de hóspede nem surdez de paredes, tinha para um se inquietar, sem medida e sem certeza.

— "Vosmecê é que não me conhece. Damázio, dos Siqueiras... Estou vindo da Serra..."

Sobressalto. Damázio, quem dele não ouvira? O feroz de estórias de léguas, com dezenas de carregadas mortes, homem perigosíssimo. Constando também, se verdade, que de para uns anos ele se serenara — evitava o de evitar. Fie-se, porém, quem, em tais tréguas de pantera? Ali, antenasal, de mim a palmo! Continuava:

— "Saiba vosmecê que, na Serra, por o ultimamente, se compareceu um moço do Governo, rapaz meio estrondoso... Saiba que estou com ele à revelia... Cá eu não quero questão com o Governo, não estou em saúde nem idade... O rapaz, muitos acham que ele é de seu tanto esmiolado..."

Com arranco, calou-se. Como arrependido de ter começado assim, de evidente. Contra que aí estava com o fígado em más margens; pensava, pensava. Cabismeditado. Do que, se resolveu. Levantou as feições. Se é que se riu: aquela crueldade de dentes. Encarar, não me encarava, só se fito à meia esguelha. Latejava-lhe um orgulho indeciso. Redigiu seu monologar.

O que frouxo falava: de outras, diversas pessoas e coisas, da Serra, do São Ão, travados assuntos, inseqüentes, como dificultação. A conversa era para teias de aranha. Eu tinha de entender-lhe as mínimas entonações, seguir seus propósitos e silêncios. Assim no fechar-se com o jogo, sonso, no me iludir, ele enigmava: E, pá:

— "Vosmecê agora me faça a boa obra de querer me ensinar o que é mesmo que é: fasmisgerado... faz-megerado... falmisgeraldo... familhas-gerado...?

Disse, de golpe, trazia entre dentes aquela frase. Soara com riso seco. Mas, o gesto, que se seguiu, imperava-se de toda a rudez primitiva, de sua presença dilatada. Detinha minha resposta, não queria que eu a desse de imediato. E já aí outro susto vertiginoso suspendia-me: alguém podia ter feito intriga, invencionice de atribuir-me a palavra de ofensa àquele homem; que muito, pois, que aqui ele se famanasse, vindo para exigir-me, rosto a rosto, o fatal, a vexatória satisfação?

— "Saiba vosmecê que saí ind'hoje da Serra, que vim, sem parar, essas seis léguas, expresso direto pra mor de lhe preguntar a pregunta, pelo claro..."

Se sério, se era. Transiu-se-me.

— "Lá, e por estes meios de caminho, tem nenhum ninguém ciente, nem têm o legítimo — o livro que aprende as palavras... É gente pra informação torta, por se fingirem de menos ignorâncias... Só se o padre, no São Ão, capaz, mas com padres não me dou: eles logo engambelam... A bem. Agora, se me faz mercê, vosmecê me fale, no pau da peroba, no aperfeiçoado: o que é que é, o que já lhe perguntei?"

Se simples. Se digo. Transfoi-se-me. Esses trizes:

— Famigerado?

— "Sim senhor..." — e, alto, repetiu, vezes, o termo, enfim nos vermelhões da raiva, sua voz fora de foco. E já me olhava, interpelador, intimativo — apertava-me. Tinha eu que descobrir a cara. — Famigerado? Habitei preâmbulos. Bem que eu me carecia noutro ínterim, em indúcias. Como por socorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos até então, mumumudos. Mas, Damázio:

— "Vosmecê declare. Estes aí são de nada não. São da Serra. Só vieram comigo, pra testemunho..."

Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio.

— Famigerado é inóxio, é "célebre", "notório", "notável"...

— "Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?"

— Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões neutras, de outros usos...

— "Pois... e o que é que é, em fala de pobre, linguagem de em dia-de-semana?"

— Famigerado? Bem. É: "importante", que merece louvor, respeito...

— "Vosmecê agarante, pra a paz das mães, mão na Escritura?"

Se certo! Era para se empenhar a barba. Do que o diabo, então eu sincero disse:

— Olhe: eu, como o sr. me vê, com vantagens, hum, o que eu queria uma hora destas era ser famigerado — bem famigerado, o mais que pudesse!...

— "Ah, bem!..." — soltou, exultante.

Saltando na sela, ele se levantou de molas. Subiu em si, desagravava-se, num desafogaréu. Sorriu-se, outro. Satisfez aqueles três: — "Vocês podem ir, compadres. Vocês escutaram bem a boa descrição..." — e eles prestes se partiram. Só aí se chegou, beirando-me a janela, aceitava um copo d'água. Disse: — "Não há como que as grandezas machas duma pessoa instruída!" Seja que de novo, por um mero, se torvava? Disse: — "Sei lá, às vezes o melhor mesmo, pra esse moço do Governo, era ir-se embora, sei não..." Mas mais sorriu, apagara-se-lhe a inquietação. Disse: — "A gente tem cada cisma de dúvida boba, dessas desconfianças... Só pra azedar a mandioca..." Agradeceu, quis me apertar a mão. Outra vez, aceitaria de entrar em minha casa. Oh, pois. Esporou, foi-se, o alazão, não pensava no que o trouxera, tese para alto rir, e mais, o famoso assunto.


Texto extraído do livro "
Primeiras Estórias", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1988, pág. 13, cuja compra recomendamos.

Retrato


"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"


Cecília Meireles

Dicas para cuidar de Begônias



Saiba como cuidar de suas lindas begônias.


Begônias
As begônias são lindas flores cuja profusão de tonalidades as tornam ideais para a decoração da casa. Podem ser encontradas nas cores: branca, rosa, amarela, salmão, vermelha e outras cores intermediárias.
As begônias podem ser utilizadas também no paisagismo, colocadas em vasos, num terraço ou no jardim. Necessitam de troca anual e alguns cuidados especiais.

Conheça as espécies de begônias

As melhores espécies para o cultivo em vasos são: Begônia sarmentosa (Begonia sarmentacea), Begônia de folha (Begonia x sementacea) e Begônia olmo (Begonia ulmifolia) ou prateada (Begonia venosa).
Para canteiros anuais recomenda-se a Begônia- cerosa (Begonia semperflorens), com época ideal para plantio no mês de abril.

O clima ideal para o cultivo das Begônias

As Begônias para vasos são plantas tropicais muito delicadas. Preferem clima entre 20°C e 28°C e não gostam de ventos.
Já as Begônias-cerosas de canteiros preferem um clima mais ameno e não toleram bem as chuvas de verão, pois "melam".

Como plantar Begônias

 Como plantar Begônias.
Para plantar a Begônia é necessário que o local seja bem drenado. Prepare uma misturade 1/3 de areia, 1/3 de terra comum e 1/3 de húmus e acrescente também um pouco de esterco de curral.
Para cultivar begônias em vasos é necessário transferi-las para um vaso maior  sempre que crescerem muito ou dividi-las em vários vasos, mas atenção, nos pequenos vasos suas raízes vão se entrelaçando umas nas outras bloqueando apassagem de água e nutrientes. Transplante-a quando crescerem mais que dez centímetros. Uma hora antes de transplantar regue o vaso para que sua terra não "desmonte" na hora de tirar a planta.

Como cuidar das Begônias

 Como plantar Begônias.
Semanalmente retire folhas e galhos secos e uma vez por ano, na primavera faça uma poda drástica para incentivar a brotação de novos ramos. Corte sempre acima de uma folha e na diagonal.
Adube a cada dois meses. Cubra em torno das begônias com dois centímetros de substrato rico em matéria orgânica ou lascas de madeira para manter a umidade. Se as folhas ficarem marrons, é preciso aumentar a umidade do solo.
Ácaros e fungos  podem atacar as begônias já que elas só florescem em ambientes úmidos. Se isso acontecer procure orientação em lojas especializadas em produtospara controle de pragas, ou um agrônomo.
Deixe um espaço de tempo entre as regas para que a terra seque um pouco, especialmente no inverno.
Quando for regar as begônias, não molhe suas folhas, apenas o solo. Também é importante que os vasos tenham aberturas para escoar a água não absorvida pelas plantas.
 Como plantar Begônias.
Com estes cuidados, você terá Begônias lindas enfeitando seu terraço ou seu jardim já que elas florescem quase o ano todo! 
Em breve vocês vera como a minhas estão!!!
Por Maria Cecília de Medeiros Prado
Publicado em 29/10/2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Bons tempos, aqueles!



Aquela velhinha de oitenta anos andava pelas ruas da cidade. Com o calor que fazia, resolveu parar e
descansar um pouco. Em frente ao "Fliperama do Osmar", ajeitou os óculos e leu: "Panorama Bar".
Entrou. Olhou a sua volta, lembrando-se dos seus tempos de mocinha, quando costumava freqüentar
lanchonetes, com as amigas para ouvir músicas naquelas máquinas acionadas a fichas – aquelas do tempo do
Cafunga!
Dirigiu-se ao rapaz do caixa e, com um rosto nostálgico, falou:
-Por favor, mocinho, uma ficha!
O rapaz, maquinalmente, entregou-a sem perceber que se tratava de uma simpática velhinha.
- Obrigada! – agradeceu ela.
Ao dar conta de si, o rapaz estranhou:
- Ei, vovó, a senhora sabe jogar?!
Ela virou-se para o rapaz e confirmou:
- Sim, um guaraná! Um guaraná!
Na máquina, ela depositou a ficha e esperou ouvir a música. Mas nada de ela tocar.
- Será que está com defeito? Já não se fazem mais vitrolas como antigamente! – falou relembrando o
passado.
Resolveu, então, discretamente, dar alguns cutucões para ver se funcionava. E nada de funcionar.
Reparou, porém, que algo de esquisito acontecia dentro da máquina e, curiosa, perguntou ao rapaz do caixa:
- Mocinho, que é que essa bolinha está fazendo aqui dentro?
- Ora, é assim mesmo – respondeu ele. – Aperte o botão, que funciona!
Ela apertou. Gastou todas as bolinhas e não quis repetir a dose.
- Essa juventude! – falou ao rapaz do caixa. – Antigamente não era assim!
- Como era, então? – indagou, interessado, o rapaz.
- Ah! Bons tempos, aqueles, que a gente colocava a ficha na vitrola e ela tocava sozinha, sem ficar
apertando aquele botãozinho.
Parou um instante de falar e ficou com os olhos perdidos no tempo. Começou a cantarolar uma
música de sua época, que fez seus olhos se encherem d’água. O rapaz não entendeu nada:
- Mas vovó...
Antes de ele completar, ela falou:
- Está tudo mudado, meu filho! Hoje, além de ficar apertando aquele botãozinho, as músicas não são
as mesmas. Hoje é só blim!blom!blim!blom! Isso que é o tal do rock, não é?
O rapaz tentou explicar:
- Não, vovó!| Aqui é uma casa para se jogar!
Ela pegou a ficha e falou:
- Não, não. Não quero mais o guaraná!
E saiu cantarolando a música que costumava ouvir nos seus tempos de mocinha.

Alexandre Azevedo. O vendedor de queijo e outras crônicas.São Paulo, 1991.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"O Éden do Senhor Jesus"


A senhora Francisca Bezerra da Costa mais conhecida como Dona Neci (minha vozinha linda), possui em sua casa um cantinho especial, dedicado ao cuidado e dedicação de árvores e plantas medicinais. Cuidado é a palavra certa para toda esta afeição, pois essa palavra trás a nossa mente muitas outras que estão intrinsecamente enraizadas a esta, tais como: adubado, cultivado, lavrado, amanhado, enfim. 


 O Éden do Senhor Jesus”, como foi intitulado o jardim-horta de Da. Neci possui uma variedade bastante significativa de plantas utilizadas para fazer medicamentos fitoterápicos (Fitoterapia => do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.), tais como: hortelã, agrião, malva, cana do brejo, arruda, alecrim, anador, babosa, pata de vaca, romã, malva-silvestre, manjericão, entre outros.














Ela mesma produz os medicamentos: alcoolatura, lambedor, chás, sal de ervas, suco de concentrado de noni, entre outros. Dispõe ainda de muitas frutas, verduras e leguminosas: amora, maracujá, variedade de pimenta, sapoti, graviola, cherimoria, fruta-da-condesa, araticum, carambola, cereja, abacate, mamão, goiaba, etc.





Neci é uma leitura profunda de livros sobre Medina alternativa e fitoterapia, entre eles livros de Neil Solomon M. D., Ph D. O Dr. “Salomão escreveu mais de uma dúzia de livros sobre temas de saúde, é um autor best-seller New York Times, e ao longo dos anos, ele tem sido convidados na TV nacional e local e muitos programas de rádio. Ele foi o comentarista de saúde para a CNN e para 18 anos o Dr. Salomão escreveu um dia 6-a coluna da semana para o Sindicato do Los Angeles Times.

Dr. Solomon é aposentado da prática da medicina e, atualmente, pesquisas, palestras e escreve sobre a redução de sal e nutracêuticos e como modificar sua ingestão de alimentos pode ajudar o corpo a se curar. Dr. Salomão é muitas vezes referido como o "decano dos nutracêuticos".

Dr. Solomon é consultor de empresas globais e com sua esposa, eles trabalham voluntáriamente para ONGs das Nações Unidas. Em 2008, o Dr. Salomão foi agraciado com o prêmio "Pioneer" das comunidades internacionais de inquietação do Conselho, uma ONG, na sede da ONU em Nova York”.







O fato mais maravilhoso de todo seu esforço é que ela mesma prepara os medicamentos e distribui gratuitamente para as pessoas que a procuram com queixas de dores diversas, desconforto nasal, intestinal, infecções, etc. Ela diz: “O Éden é do Senhor Jesus, e o que recebi d’Ele de graça tenho que dar de graça”.

Que Deus continue abençoando sua vida e lhe dando mais força e entusiasmo na obra do Senhor, Da. Neci!